segunda-feira, 19 de abril de 2010

Os intertextualizadores.com

Para quem não conhece.. aí estamos nós, da esquerda para a direita: Jéssica, Alice, Felipe, Allison, Bárbara e Luiz.

Definição


A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos, isso levando em consideração musicas, imagens entre outros.
Temos os seguintes tipos:

  • Epígrafe - é o trecho de um texto que introduz outro texto.
  • Citação - é a retomada explicita de um texto, expondo entre aspas, caixa menor e em itálico.
  • Paráfrase - é a reprodução de um texto com as palavras de quem o está produzindo.
  • Paródia - é a reprodução “ distorcida” de um texto com intenção de ironizar,criticar ou até mesmo homenagear.
  • Pastiche - possui elementos de paródia e, ao mesmo tempo afasta-se dela. É usada no sentido pejorativo de pasteurização e de degradação do modelo.
  • Tradução - a tradução está no campo da intertextualidade porque implica a recriação de um texto.
  • Referência - associação entre dois textos de forma a enriquecer a construção como por exemplo a utilização de um personagem.
  • Alusão - é um tipo de intertextualidade sutil, fraca, uma vez que nota uma leve menção a outro texto ou a um componente dele.

Exemplo de Epígrafe

O MAR DE MINAS
Então, mãe, o mar é o que a gente tem saudades?
Miguilin
no curral del rey
o mar é um soluço
dis tan te

suas águas são
lágrimas ancoradas além
da mantiqueira

seu sal é suor
seu sal é sol
seu sal é só
saudade é uma
sol'edade

erro através das eras
em busca de seus rastro
pasto antigo de calcáRIO
e ferro

ouço ainda sua voz
cantiga eterna doce
pingente de uma
lapinha, maquiné

em mim o mar o mar
em mina s rasga o CAL
cari em lapas
profundas
profundos sumidouros que
dão notícias de suas
paisagens

passagens que fluem
nos rios sua
eterna
idade

resta nos agora
esse belo horizonte
naufragado
nas montanhas
CLAVER, Ronald. A Olho nu. 2 ed. Belo Horizonte: Opus 1976.

Exemplo de Paráfrase

"- Ave Maria cheia de graças..." 

A tarde era tão bela, a vida era tão pura, 
as mãos de minha mãe eram tão doces,
havia, lá no azul, um crepúsculo de ouro... lá longe...            
"- Cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita!"
Bendita!

Os outros meninos, minha irmã, meus irmãos 
menores, meus brinquedos, a casaria branca de 
minha terra, a burrinha do vigário 
pastando 
junto à capela... lá longe...

Ave cheia de graça
- ..."bendita sois entre as mulheres, bendito é o
fruto do vosso ventre..."

E as mãos do sono sobre os meus olhos,
e as mãos de minha mãe sobre o meu sonho,
e as estampas de meu catecismo
para o meu sonho de ave!
E isto tudo tão longe... tão longe...

Jorge de Lima

Exemplo de Paródia

Mona Lisa (ou La Gioconda) de Leonardo da Vinci & Mona Liza da Publicidade da Bombril

Exemplo de Pastiche

Silviano Santiago se refere em seu livro Em Liberdade considerado por ele mesmo como pastiche do gênero memoralista, a partir de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos.
Mas resolvi ser ousado fazendo um diário íntimo de Graciliano Ramos no momento em que ele sai da prisão, fiz um pastiche de Graciliano Ramos. De certa forma, eu estou repetindo o estilo de Graciliano Ramos.

SANTIAGO. Silviano. Nas Malhas da Letra. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.p.116.

Exemplo de Tradução




Tradução do poema "The Raven" (O Corvo) por Fernando Pessoa.




Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,


Over many a quaint and curious volume of forgotten lore


While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,


As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.


"Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door





Only this, and nothing more."
Edgar A. Poe

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.  
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.  
É só isto, e nada mais."
Fernando Pessoa

Exemplo de Referência e Alusão

No texto a "Missa do Galo", de Machado de Assis, o leitor encontra uma cena em que o narrador se compara com D'Artangnan, personagem do romance Os três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Esse fato se configura como Refência pois cita o nome do personagem. No mesmo conto de  Machado, uma alusão à personagem feminina típica de Balzac, caracterizada pela idade e pela solidão, a conhecida balzaquiana:
Nunca pude entender a conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, ele trinta.
Trata-se de uma Alusão, porque, em vez de falar em balzaquiana, Machado, sutilmente, usa apenas a idade, trinta anos. Dá-se a Alusão pois a personagem também apresenta-se solitária e carente.

Exemplo de Citação

Não é merecedor do favo de mel aquele que evita a colméia porque as abelhas tem ferrões "
William Shakespeare


Exercício da Paródia

Atividade proposta pela professora Lorenza para fazer uma paródia da música Mentiras (Adriana Calcanhoto).
 Sinceridade
O Outdoor não está no lugar
Quero mostrar minhas mentiras
Eu vou enganar sua família

Eu vou esquecer estes custos
E violentar o seu bolso
Eu quero roubar seu dinheiro
Eu já me apossei da sua vida

Quero ver se você vota
Quero ver você e mais alguém
Quero ter meu cargo de volta
Para mim...

O Outdoor não está mais no lugar
Eu vou mostrar minhas mentiras
Vou invadir a sua casa
Vou fazer uma faxina

Eu vou publicar meus defeitos
Não vou me entregar para a polícia
Vão investigar os meus planos
Como vou fazer com minha dívida?


Quero ver se você vota
Quero ver você e mais alguém
Quero ter meu cargo de volta
Para mim...

Fábula - A raposa e as Uvas

A atividade era fazer uma paródia da Fábula, e nossa Fábula foi:

A raposa e as Uvas
A raposa sempre quando saía para passear, passava por um lindo pomar carregado de uvas. Ela sonhava em comer aqueles frutos, mais não conseguia por elas estarem no topo.
Um dia ela tentou pular para alcançá-la, mais não conseguiu. Ela nunca conseguia, mas continuava tentando, Certa vez ela tentou escalar a árvore, para pegar as uvas. Ela conseguiu. No entanto, ela comeu tanto que passou mal por dias.

Original

A raposa e as uvas
Autor: Esopo

Uma raposa, morta de fome ,viu, as passar diante de um pomar, penduradas nas grades de uma  viçosa videira, alguns cachos de Uvas negras e maduras.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para pega-las, mas como estavam fora do seu alcance, ela acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Por fim  deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse:
Olhando com mais atenção.percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a principio.

Moral da História:
Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.



Resumo do texto " A cultura como jogo de intertextualidade"

Fizemos um resumo do texto que falava da cultura como intertextualidade porque os bens culturais formam os fios onde indivíduos e grupos constroem uma rede com o trabalho. A sociedade pode ser vista como uma grande rede intertextual se for considerado qualquer produção humana como texto.

Estudo dirigido Afonso Romano

No estudo dirigido respondemos a nove questões  relacionadas a SANT'ANNA, Afoso Romano de. Paródia e Paráfrase & Cia. São Paulo. Conceituamos paródia e paráfrase segundo os autores presentes no livro, e fizemos algumas oposições entre as duas. Uma questão importante de opinião própria foi a seis, que era para redigir um parágrafo explicando como uso da paródia e paráfrase podem favorecer a releitura de um texto intertextualizado. Uma das respostas foi a seguinte:
"O uso da Paráfrase para fazer uma releitura é como dizer a mesma coisa em poucas palavras diferente, e usando a paródia seria fazer releitura totalmente fora do original." 

Seminário Sobre Intertextualidade

Nosso Grupo ficou com o tema "Paródia, parafrase & Cia - de Affonso Romano
A apresentação no seminário foi bem sucinta, definimos o que é paródia e paráfrase, e demos exemplos. Falamos da relação e diferença entre elas. A paródia é o novo diferente, e a paráfrase o identico, semelhante.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Lisbela e o Prisioneiro

O Filme Lisbela e o Prisioneiro foi passado para a turma com o Intuito de abrir a nossa visão para observarmos a Intertextualizade presente entre a cultura nordestina e a diversidade de outras culturas inseridas na nossa, alterando o modo de pensar e agir.